segunda-feira, 28 de junho de 2010

Palavras sábias de Saramago

O pensamento vivo de José Saramago

Deixou de bater, dia 18 de junho, o coração do escritor, pensador, jornalista e político (filiado e, por um período, dirigente do Partido Comunista Português) José Saramago. Grande leitor e admirador da obra de Karl Marx, atuava também como um militante ateísta, combatendo o pensamento religioso. Perseguido pelo governo português e pela Igreja Católica, criticado por sionistas e obscurantistas de toda a sorte, dizia ter a “pele dura” para aguentar – e responder – os ataques que sofria. Um pouco de seu pensamento:

"Eu sou um comunista hormonal, meu corpo contém hormônios que fazem crescer minha barba e outros que me tornam um comunista. Mudar, para quê? Eu ficaria envergonhado, eu não quero me tornar outra pessoa". (ao repórter da BBC Alfonso Daniels, junho de 2009).

“Você sabe, eu nunca escondi minhas convicções. Sou comunista e por isso sou tratado como inimigo da democracia. Pelo contrário, eu quero é salvar a democracia e para isso é preciso criticar esse simulacro de democracia em que vivemos. As democracias ocidentais são fachadas políticas do poder econômico. Fachadas com cores, bandeiras, discursos intermináveis sobre a democracia.” “Foi o poder econômico que enfiou nas consciências que o mercado deve agir de mãos livres e, assim fazendo, levou à conclusão de que o pleno emprego é um obstáculo”. (entrevista a Didier Jacob, Le Nouvel Observateur, novembro de 2006).

"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa."

“Deus não existe fora da cabeça das pessoas que nele creem. Pessoalmente, não tenho nenhuma conta a ajustar com uma entidade que durante a eternidade anterior ao aparecimento do universo nada tinha feito (pelo menos não consta) e que depois decidiu sumir-se não se sabe para onde. O cérebro humano é um grande criador de absurdos. E Deus é o maior deles”.

“Caim (sua última publicação) é um livro escrito contra toda e qualquer religião. Ao longo da História, as religiões, todas elas, sem exceção, fizeram à humanidade mais mal que bem. Todos o sabemos, mas não extraímos daí a conclusão óbvia: acabar com elas. Não será possível, mas ao menos tentêmo-lo. Pela análise, pela crítica implacável. A liberdade do ser humano assim o exige”. (entrevista a Ubiratan Brasil, O Estado de São Paulo, outubro de 2009)

“O poder de cada um de nós limita-se na esfera política a tirar um governo de que não gosta e colocar outro de que talvez venha a gostar. Mas as grandes decisões são tomadas em outra esfera. E todos sabemos qual é: as grandes relações financeiras internacionais.” (Folha de S. Paulo, 2008)

"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário". (dezembro de 2008, na apresentação em Madri de "As pequenas memórias").

“Hoje, existe uma espécie de menosprezo por essa coisa tão simples que antes era falar com propriedade. Quando eu era trabalhador, sempre tinhas as ferramentas limpas e em bom estado. Não conheço uma ferramenta mais rica e capaz que o idioma. E isso significa que se deve ser elegante na dicção. Falar bem é um sinal de pensar bem”. (entrevista coletiva no lançamento do As pequenas memórias, 2006)

“Uma vez que foi dito e do dito se fez escrito para valer e dar fé”. (História do cerco de Lisboa, 1989)

“... cada um de nós é, acima de tudo, filho das suas obras, daquilo que vai fazendo durante o tempo que cá anda”. (Crônica Retrato de antepassados, in Os apontamentos, 1976)

“... aos jornais e demais meios de comunicação sociais pela facilidade com que passam dos aplausos do capitólio às precipitações da rocha tarpeia, como se eles não fossem uma parte activa na preparação do desastre”. (Ensaio sobre a lucidez, 2004)

“Eu digo de outra maneira aquilo que a minha avó disse, já devia estar farta de viver, e disse: o mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer”. (frase dita ao cineasta Fernando Meirelles, que adaptou “Ensaio sobre a cegueira” para o cinema).
c.pompe

Ibope finalmente admite a virada: Dilma, 40% x Serra, 35%

Com um mês de atraso, o Ibope confirmou o que institutos independentes de pesquisa — como a Sensus e o Vox Populi — já anunciavam em maio: Dilma Rousseff (PT) ultrapassou o tucano José Serra e lidera a corrida à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo levantamento do Ibope divulgado nesta quarta-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a candidata petista chegou a 40% das intenções de voto, contra 35% de Serra e 9% de Marina Silva, do PV.
. O resultado da pesquisa teve um sabor ainda mais amargo para o presidenciável tucano. Ao longo de junho, Serra apostou na propaganda ilegal e foi amplamente exposto nos programas eleitorais que PSDB, PTB e PPS veicularam na TV. A tática da oposição — resumida por um cacique na velha expressão “o crime vale a pena” — revelou-se inútil.
. O Ibope mostra que a ascensão de Dilma é diretamente proporcional ao declínio de Serra. Na última pesquisa do instituto, feita a pedido do jornal O Estado de S.Paulo e da TV Globo e divulgado último dia 5, Serra e Dilma estavam empatados, com 37%, enquanto Marina aparecia com 9%. Já num levantamento anterior do Ibope, divulgado pela CNI em 17 de março, Serra ainda liderava as intenções de voto, com 38% dos entrevistados, contra 33 % de Dilma e 8% de Marina.
Segundo turno - Dilma também venceria um eventual segundo turno contra Serra. A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira aponta a candidata de Lula com 45% das intenções de voto — Serra tem 38%. Na pesquisa anterior, feita em março deste ano, Dilma era apontada por 39% contra 44% de Serra.
. Se Dilma disputasse o segundo turno com Marina Silva, ganharia com 53% (ela tinha 48% em março) contra 19% da candidata verde (17% em março). Já no caso de um segundo turno entre Serra e Marina, o tucano seria eleito com 49%. Em março, ele era apontado por 55% dos eleitores que responderam a esta hipótese. Marina Silva receberia 22% nesta situação, contra 17% aferido em março.
Espontânea - Dilma ainda aparece em primeiro lugar na pesquisa espontânea das intenções de voto feita pela CNI/Ibope com 22% da preferência do eleitorado. Na última pesquisa, em março, ela tinha 14%. Na espontânea, os entrevistados falam em quem pretendem votar para presidente sem que o entrevistador apresente antes o nome dos candidatos.
. Nesse cenário, Lula — que não pode concorrer a um terceiro mandato — vem em segundo lugar, apontado por 20% do eleitorado. Em março, 9% apontaram Lula como sendo o candidato deles à Presidência este ano. Serra também cresceu, chegando a 16% contra 10% na pesquisa anterior. Já Marina passou de 1% para 3%. A pesquisa foi feita entre os dias 19 e 21 deste mês, com 2,2 mil entrevistados de 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Péssima notícia” - Antes que tucanos e demos venham minimizar o conjunto dos resultados, Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo, já classificou a nova pesquisa do Ibope como “uma das piores notícias que o candidato tucano poderia ter nesta fase da campanha”. O jornalista lembrou que, “em maio, Dilma teve forte exposição nos programas partidários do PT. E a candidata subiu. Serra repetiu a receita, mas não deu certo”.
. Mais lamentável ainda é a situação do próprio presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, e da revista Veja. Em agosto, a publicação maior da Editora Abril deu imensa visibilidade a uma entrevista na qual Montenegro previu a inevitável vitória de Serra.
. “Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela”, declarou Montenegro, do alto de sua arrogância. A Veja não pensou duas vezes e escolheu uma manchete mirabolante: “Lula não fará seu sucessor”. Enfim, o presidente do Ibope foi “traído”... pelo próprio Ibope.

Escolha de vice mexe com suplências de Wilma de Faria

Por Carlos Santos

Com a acomodação do ex-secretário Vagner Araújo (PSB) como vice - veja postagem abaixo - de Iberê Ferreira (PSB), outras arrumações foram obrigatórias.

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) passa a contar com o ex-dirigente da Emater e pupilo de Iberê, Luiz Cláudio Macedo, o "Chope" (PSB), como primeiro suplente.

Seu segundo suplente agora é o empresário apodiense Terceiro Melo (PSB), que a princípio seria o primeiro.

P.S - Vale lembrar que há poucos dias o governador Iberê definiu Chope como coordenador de campanha da chapa majoritária.

Cite-se, ainda, que Vagner deixou de ser candidato a deputado federal - com ótimas chances de eleição - para acomodar interesses do partido e esperava ser contemplado com boa compensação.

Vagner irritou-se ao ser informado que seria apenas segundo suplente de Wilma.

E como ficam os padrinhos (setor empresarial) de Terceiro Melo, com seu "rebaixamento" para segundo suplente, depois de tudo firmado para ser o primeiro?

sábado, 26 de junho de 2010

Apresentador de telejornal da Globo destaca São João de Mossoró

O município de Mossoró foi destaque em rede nacional no início da tarde deste sábado(26), no programa Jornal Hoje, da Rede Globo. Numa reportagem, o apresentador Evaristo Costa apresentou o São João da cidade, onde destacou o espetáculo “Chuva de bala no País de Mossoró”, saga que retrata a tentativa de invasão do “temido” Lampião durante a década de 20 e a resistência do seu povo.

Um dos momentos mais especiais do quadro ficou por conta da entrevista com um idoso de 106 anos de idade, que teria participado da resistência de Mossoró ao bando de Lampião.

O senhor, muito simpático, contou com orgulho que nenhum cidadão do município saiu ferido da trincheira e ainda disse que alguns homens do temido cangaceiro morreram durante o confronto.

Da Redação do DIARIODENATAL.COM.BR

terça-feira, 22 de junho de 2010

Estudiosa defensora da bonificação por desempenho volta atrás

Estudiosa defensora da “bonificação por desempenho” volta atrás. Agora sim acho que alguém entendeu o que nós professores já sabíamos:

Da Revista Educação:

“Diane Ravitch, antes uma das principais defensoras dos métodos do mundo corporativo na educação, reavalia sua posição e diz que incentivos e sanções não constituem o melhor caminho para as políticas públicas.

O meio acadêmico norte-americano, em especial aquele voltado às políticas públicas para a educação, acaba de ser sacudido por uma bomba de longo alcance. Em seu novo livro, resultado de pesquisas e de sua atuação na condução de políticas educacionais, Diane Ravitch, professora do Departamento de Educação na Universidade de Nova York, faz uma espécie de demolição crítica dos modelos de accountability e choice (responsabilização e escolha livre) adotados por estados americanos nas duas últimas décadas. Lançado em março, The death and life of the great american school system – How testing and choice are undermining education (A morte e a vida do grande sistema escolar americano – como avaliação e escolha estão minando a educação) foi escrito a partir da experiência educacional de 40 anos da autora e desconstrói práticas como a privatização e o fechamento de escolas, os testes padronizados e as punições por mau desempenho, entre outras

A crítica ganha mais relevância pelo histórico da pesquisadora: Ravitch foi secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação Lamar Alexander durante a administração de Bush pai, entre 1991 e 1993. O ex-presidente Bill Clinton indicou-a para o National Assessment Governing Board, entidade responsável pelo controle dos testes federais. Ironicamente, foi uma das grandes defensoras e responsáveis pela disseminação de políticas que envolvem testes padronizados e bonificação por desempenho. Isso até meados de 2006, quando uma avaliação do programa No Child Left Behind (NCLB) a fez mudar de ideia.

Antes de endossar as políticas de eficiência e desempenho, a educadora pregava em seus artigos acadêmicos a construção de um currículo mínimo estadual que integrasse história, geografia, literatura, artes, ciências sociais e humanidades. Em 1985, participou da elaboração de uma proposta de currículo na Califórnia, estado que seria o primeiro a exigir que todos os alunos tivessem três anos de história mundial e três anos de história norte-americana. A investida em história e literatura visava suprir uma perda da memória cultural no país, percebida por ela na mesma época. Quando chamada a trabalhar na administração federal, encontrou pessoas que consideravam o sistema educacional público obsoleto. Por ser controlado pelo governo, estaria imerso em burocracia. As decisões centralizadas estariam impedindo o avanço do desempenho escolar.

A nova proposta era simples: levar as práticas coorporativas para dentro das escolas. Escolas e professores passariam a ser julgados pelo desempenho de seus alunos em testes padronizados. Quando o desempenho fosse satisfatório, professores, diretores e, em alguns casos, a equipe escolar receberiam bônus. Quando não, as escolas seriam fechadas, assim como são fechadas as empresas que não geram lucros. Para substituir as escolas fechadas, o governo investiria em charter schools, instituições que recebem um alvará dos governos estaduais para operar com recursos privados. Em troca de autonomia, as charter se comprometem a alcançar uma série de metas em um determinado período.

O frenesi pela responsabilização se instalou de vez nos EUA com a aprovação da lei No Child Left Behind (NCLB), em 2003. Defendida por George W. Bush e apoiada por republicanos e democratas, a lei instituiu o que Ravitch chama de punitive accountability (responsabilização punitiva). Escolas poderiam ser fechadas. Estudantes poderiam pedir transferência de escolas ruins. Professores seriam culpados pelo mau desempenho de seus alunos. A rede de escolas seria regulada pela “mão invisível do mercado”.

O problema, diz a professora, é que a mão invisível do mercado não agiu como o previsto. No dia 30 de novembro de 2006, Ravitch participou de uma conferência no American Enterprise Institute, em Washington, em que analisou dois aspectos específicos da NCLB: a possibilidade de os alunos pedirem transferência de escolas ruins e a oferta de aulas após o período escolar. Os resultados levaram-na a perceber que a lei era um fracasso. Até aquele momento, menos de 5% dos alunos haviam pedido transferência para uma escola de outro bairro, mesmo com o transporte gratuito e a promessa de uma escola melhor. A lei também criava a possibilidade de empresas privadas oferecerem aulas após o período escolar, mas apenas 7% das crianças elegíveis ao programa participavam das aulas. No Colorado, o percentual era de 10% e no Kentucky, 9%. No país, 80% dos alunos não estavam inscritos nas aulas. Naquele dia, Ravitch chegou a uma conclusão. “Percebi que incentivos e sanções não são as maneiras certas de melhorar a educação. Podem funcionar para empresas, em que o lucro é a prioridade máxima, mas não para as escolas“, relata.

Os testes padronizados
Com a aprovação da lei NCLB, muitos pais e educadores protestaram contra a ênfase da nova política nos testes. Mas, segundo a professora, o problema não eram os testes, e sim “a crença de que eles poderiam identificar quais estudantes deveriam ser retidos, quais professores e diretores deveriam ser demitidos ou recompensados e quais escolas seriam fechadas”, escreve. Os testes, afinal, não são instrumentos precisos de avaliação. As questões podem ser malformuladas, e as respostas ambíguas – há sempre uma margem de erro. Além disso, o desempenho do estudante pode ser afetado pelo estado emocional e distrações dentro ou fora da sala de aula. Troca-se a ideia de processo pela de resultado.

A fixação nos exames trouxe consequências graves para o sistema educacional norte-americano. Como os resultados das provas definiam o destino de professores e escolas, muitas redes acabaram desenvolvendo truques para que mais alunos fossem aprovados. Também não era incomum encontrar escolas que deixavam seus estudantes colar durante os exames – casos assim aconteceram em cidades como Houston e Dallas, no Texas. Outra prática adotada por diretores era a exclusão dos alunos com baixo potencial acadêmico em sua instituição. Para isso, exigiam cartas de recomendação de ex-professores e a entrega de redações, que explicassem os motivos pelos quais gostariam de frequentar a escola. Houve casos de diretores que limitaram o número de alunos cuja primeira língua não é o inglês ou que têm necessidades especiais.

Os governos estaduais também tentaram inflar o número de alunos com alto nível de proficiência. Segundo Ravitch, departamentos estaduais de educação silenciosamente alteraram os níveis de proficiência. É o caso da cidade de Chicago, no Illinois. Entre 2004 e 2008, a proporção de alunos de 8ª série que alcançaram proficiência em leitura passou de 55% para 76%. Em matemática, o salto foi de 33% para 70%. Um estudo conduzido pelo Civic Committee of the Commercial Club de Chicago apontou que as melhoras refletem mudanças nos procedimentos dos exames e não na aprendizagem. Isso porque, em 2006, o estado havia contratado uma nova empresa de testes, que alterou as faixas de proficiência.

O problema das variáveis
Ravitch identifica outros problemas crônicos gerados pelo sistema de responsabilização.Um deles é que as redes passaram a investir milhões de dólares em programas que ensinam os alunos a entender os tipos específicos de perguntas que apareceriam nos testes estaduais. Assim, os alunos dominam a tarefa de fazer exames, mas não dominam as disciplinas em si. “A aquisição de conhecimento e habilidades passa a ser secundária. O que importa é que a escola e o estado sejam capazes de dizer que seus alunos adquiriram proficiência. Esse tipo de conduta ignora os interesses dos estudantes, enquanto promove os interesses dos adultos que levam créditos por melhorias inexistentes”, aponta. A professora ainda pergunta: que valor tem um aluno que vai bem no exame de leitura se não consegue replicar o mesmo sucesso em outro tipo de teste ou transferir essa capacidade para um contexto ao qual não está acostumado?

Essa política também tira dos ombros dos próprios estudantes e de suas famílias a responsabilidade pelo desempenho acadêmico dos alunos. As crianças seriam meros receptores passivos, sujeitos à influência dos docentes. Em outras palavras, a única variável responsável pelo bom ou mau desempenho escolar é o desempenho docente. Se os alunos frequentam a escola regularmente, se fazem lição de casa, se prestam atenção nas aulas, não importa. O que importa é o nível de proficiência adquirido nos exames que avaliam apenas inglês e matemática. “Há algo fundamentalmente errado com um sistema que negligencia os diversos fatores que determinam o desempenho acadêmico em prol de um teste anual. Em vez de de levar em conta o próprio esforço do aluno, por exemplo, a responsabilização aposta no que os docentes fazem em sala de aula durante 45 minutos ou uma hora”, escreve. Ao final de suas considerações, a professora faz um resgate de seu próprio passado. Lembra de quando era aluna do ensino médio. Sua professora de gramática e literatura, a que mais marcou sua vida acadêmica, foi Ruby Ratliff, uma docente respeitada, que amava sua disciplina e ensinava sobre caráter e responsabilidades pessoais. Se estivesse lecionando nos EUA de hoje, tanto sua grandeza como professora como sua habilidade de inspirar alunos para que mudassem suas vidas passariam em branco. Além de estar fora de moda, não poderiam ser medidos por testes padronizados.”
Fonte:Diário da Educação

domingo, 20 de junho de 2010

[COPA DO MUNDO] FRASE DA SEMANA

“Va te faire enculer, sale fils de pute",
do jogador Anelka, para o treinador da França, Domenech.

José Saramago morre aos 87 anos

Para respirar Saramago



Eis artigo que o juiz, escritor e professor universitário Mantovani Colares escreveu. Intitulado “Para respirar Saramago”, aborda este português do mundo que partiu na última semana. Confira:

A concretização da proximidade literária de Saramago custou-me um lapso temporal expressivo. De início, tentei a leitura de “Ensaio sobre a cegueira”, abandonando-o em seguida por me sentir sufocado pelo texto retilíneo, sem parágrafos, tabulações ou indicações de pausa. Não insisti, pois de cedo aprendera que a literatura só funciona naquele momento mágico em que o leitor se sente atraído pela obra, hipnotizado a tal ponto de não conseguir se desvencilhar do livro. Por isso, há o tempo certo para cada autor, para cada obra.

Alguns meses depois, estimulado por minha verdadeira paixão devotada a Fernando Pessoa, aventurei-me a folhear “A morte de Ricardo Reis”, porque ali o protagonista era justamente um dos heterônomos do poeta da alma. O início foi sofrível, atormentava-me a seqüência uniforme do texto, até que parei para respirar. Respirei fundo, e só aí entendi a chave do gênio Saramago: seu estilo provocante é, na verdade, um inteligente método de autodomínio lingüístico.

O leitor não se pode deixar preso na armadilha estrutural do texto. Cada leitor há de fazer sua pontuação, sua pausa. A liberdade do ritmo é nossa. Saramago nos presenteou com a possibilidade de sermos co-autores de sua obra. A ousadia do mestre está nessa mensagem, quase imperceptível: ele escreveu o livro, mas a obra só haverá de ser finalizada após nossa leitura, porque nós terminaremos de escrevê-lo, ao realizarmos as pontuações e pausas, de acordo como nossa cadência de percepção do texto.

Ele conseguiu a tão sonhada interação real entre escritor e leitor. Ouso dizer que um livro de Saramago que ainda não foi lido não é verdadeiramente uma obra literária. Somente com a descoberta dessa chave pelo leitor, a percepção do enigma de nossa interatividade na leitura, é que se tem o fecho do livro.

Enfim, para ler Saramago é preciso respirar. Quem tem o privilégio de sentir isso na alma ficará cativo para sempre de sua obra; de tal modo que passa a ser um vício. E esse vício confirma a cada dia que literatura é, acima de tudo, estilo. É isso que diferencia o contador de estórias do romancista.

No Brasil, Machado de Assis já nos acenava com essa advertência, e Guimarães Rosa comprovou como ninguém que o segredo está na forma, muito mais do que no conteúdo. Em Saramago, firmou-se um estilo de respeito ao leitor, pois temos o privilégio de ler o texto de acordo com nossa respiração. A liberdade da pontuação é o legado mais revolucionário que ele deixa para a humanidade.

*Mantovanni Colares é juiz, professor universitário e escritor.

Lula, o torcedor


Lula e o ministro Orlando Silva (Esportes) – Brasil 3 X 1 Costa do Marfim.

Saramago vive na poesia de Cóvis Campelo



Poema para Saramago


Quando chegares aos céus
não mais terás consciência
para percebê-lo.
Serás etéreo, vapor,
nuvem passageira.
No entanto, também serás
a essência preservada
da natureza,
simples circunstância.
O teu, era um sonho
terreno, cosistente,
feito em rocha,
não mais caberia
nas nuvens.
O que te alimentava
era o desvendar
e a recriação constante
do código dos homens.
Nada era definitivo
e a verdade escondia-se
nas entrelinhas.
Talvez tenhas sido
o bobo da colina
ou o último guardião
das possibilidades negadas.
Teu vulto frágil
era assustador
e o verbo, desde
o princípio, recusava
o sonho inútil
e o tempo desperdiçado.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PT divulga jingle de Dilma




O Partido dos Trabalhadores está divulgando o jingle das campanha da candidata Dilma Rousseff. Intitulado “Dilma brasileira”, tem como autores João Santana, João Andrade e Kapenga Ventura. Confira a letra:

Meu Brasil querido
Vamos em frente
Sem voltar pra trás
Irá seguir mudando
Seguir crescendo
Ter muito mais

Meu Brasil novo
Brasil do povo
Que o Lula começou
Vai seguir com a Dilma
Com a nossa força com o nosso amor

Ela sabe bem o que faz
Ela já mostrou que é capaz
Ajudou o Lula a fazer pra gente um Brasil melhor

Lula tá com ela
Eu também tô
Veja como o Brasil já mudou
Mas a gente quer mais
Quer mais e melhor
É com a Dilma que eu vou

É a mulher e sua força verdadeira
Eu tô com Dilma
Uma grande brasileira

É a mulher e sua força verdadeira
Eu tô com Dilma
Uma grande brasileira

Lula tá com ela
Eu também tô
Veja como o Brasil já mudou
Mas a gente quer mais
Quer mais e melhor
É com a Dilma que eu vou

Lula tá com ela
Eu também tô
Veja como o Brasil já mudou
Mas a gente quer mais
Quer mais e melhor
É com a Dilma que eu vou.

Lula diz que emprestar dinheiro para pobre é um bom negócio

Ao comentar sobre o programa Microcrédito Rural, que já disponibilizou mais de R$ 1,3 bilhão para um milhão de pequenos agricultores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse emprestar dinheiro para o pobre é um bom negócio, porque ele hora o seu compromisso, de acordo com à Folha.

'Nós temos apenas 3% de inadimplência, uma demonstração que vale aquela máxima que dizia que o pobre é bom pagador porque tem como patrimônio maior o seu nome e a sua cara', afirmou Lula nesta segunda-feira em seu programa semana de rádio Café com o Presidente.

Tempo de Dilma na TV será 23% maior do que o de Serra

Disputados, como em cabos de guerra, os partidos políticos valem não tanto pelo engajamento das bancadas federais e estaduais na briga pelo voto, mas pelo tempo de televisão gratuito que agregam às campanhas eleitorais. As legendas que até este momento foram atraídas à coligação formal encabeçada pelo PT garantem à pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, um tempo de propaganda cerca de 23% maior do que o do pré-candidato José Serra (PSDB), de acordo com o pernambuco.com.

Com o apoio de PT, PMDB, PSB, PDT, PR, PCdoB e PRB, a campanha de Dilma projeta para a distribuição de dois terços dos blocos do horário eleitoral gratuito aproximadamente 16,53 minutos, três vezes por semana.

José Serra conta com o tempo agregado por PSDB, DEM, PPS, PTB e PSC e terá, com essas legendas, cerca de 12,53 minutos, três vezes por semana. Sem nenhum partido coligado, a campanha da candidata Marina Silva (PV) tem assegurados apenas 51 segundos, três vezes por semana.

EUA criticam Brasil por prostituição e trabalho escravo


O governo brasileiro voltou a ser criticado nos EUA por não cumprir padrões mínimos para eliminar o tráfico de pessoas e o trabalho escravo, apesar de terem sido reconhecidos esforços do país para se adequar no último ano.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira pela secretária de Estado Hillary Clinton, o governo americano estima em 12,3 milhões o número de vítimas de trabalho e prostituição forçados no mundo. O relatório homenageia ainda "heróis" do combate ao tráfico de pessoas --um deles o frei francês Xavier Plassat, escolhido por seu trabalho desde 1989 na CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Brasil.

Vergonha na cara

Segundo Plassat, "o país tem instrumentos de libertação, mas não se faz quase nada em prevenção e reinserção, sem falar na impunidade". Ele afirma que só libertar escravos não resolve o problema. "Escravo não é só quem trabalha acorrentado, como creem políticos como a [senadora] Kátia Abreu (DEM-TO). As maiores organizações pecuárias do Brasil ainda quase negam [a situação]."

"O que falta ao Brasil é vergonha na cara."

O Brasil é classificado como "fonte de homens, mulheres, meninos e meninas para prostituição forçada no país e no exterior e trabalhos forçados" em solo nacional.

O texto diz que o governo fez "grandes esforços" para resgatar milhares de trabalhadores em situação de escravidão e expandiu serviços oferecidos a vítimas de tráfico sexual.

Alerta, porém, para o fato de que o número de condenações aos responsáveis caiu e que abrigos e proteções às vítimas continuam inadequados.

Mulheres e crianças brasileiras, particularmente de Goiás, são citadas como vítimas de prostituição forçada em países como Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Suíça, França e mesmo os EUA. Já a indústria têxtil de São Paulo é mencionada como destino de trabalhadores forçados de Bolívia, Paraguai e China.

A SOLUÇÃO É O DESENVOLVIMENTO

O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil foi comemorado Sábado (12/06/10) . O Ministério do Trabalho aproveitou a ocasião para divulgar que a fiscalização retirou desse tipo de atividade 16.894 crianças e adolescentes, entre 2007 e 2009. Neste ano, o número de crianças e adolescentes retirados do trabalho infantil já chega a 811.
. Marca razoável. Mas a questão de fundo é desenvolver o país, para que menos famílias dependam do trabalho dos seus filhos menores.

Prefeitura do Apodi lança cursinho preparatório para estudantes interessados no Proitec do IFRN

APODI - Parceria entre a Prefeitura do Apodi via Secretaria Municipal de Educação e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), através de um curso preparatório para garantir o acesso de alunos matriculados em 11 escolas das redes municipal e estadual de ensino, respectivamente, no Programa de Iniciação Tecnológica e Cidadania (Proitec) do Campus do IFRN de Apodi.

A solenidade de lançamento do cursinho preparatório ao Proitec aconteceu na Casa de Cultura Popular Escritor Walter de Brito Guerra e contou com a presença da prefeita Goreti Silveira Pinto (PMDB), secretária de Educação, professora Raimunda Freira, diretora da 13ª Diretoria Regional de Educação, Mara Marlizete Marinho Duarte, secretário de Administração e Recursos Humanos, Antônio de Souza Maia Júnior, a coordenação do curso preparatório para o Proitec, professora Elisângela Paiva; professora do IFRN Jocélia Gurgel, diretores de escolas, professores, alunos e várias outras autoridades do município.

O Programa de Iniciação Tecnológica e Cidadania é um curso na modalidade voltado para alunos do 9º ano da rede pública de ensino e prepara os estudantes por meio de livro, fascículos e teleaulas para o ingresso no ensino técnico integrado ministrado pelo IFRN. Em Apodi o cursinho atenderá a 192 apodienses matriculados em 11 escolas da rede municipal e estadual de ensino. As aulas serão ministradas pelos professores Gilvanilson Caetano - Matemática, Ozamir Lima - Língua Portuguesa e Lázaro Gama - Cidadania.

Segundo a prefeita Goreti Silveira Pinto, o Proitec é um programa muito importante, e se os alunos tiverem uma participação assídua, podem ter certeza que todos vão garantir suas vagas nos cursos de "Zootecnia e Bicombustíveis".

"Desde que assumi os destinos de Apodi, firmei um forte compromisso com a educação do nosso município. O nosso desejo é transformar essa cidade em um Polo Regional de Ensino Superior, com a Uern, IFRN, UnP e outras universidades que desejem se instalar em nosso município", comentou a prefeita Goreti Pinto.

Com localização privilegiada na microrregião da Chapada do Apodi, região Oeste, o Campus Apodi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), está situado na comunidade rural Canto de Varas, a 5km da sede, tem demanda assegurada por estudantes do município e das cidades vizinhas de Governador Dix-sept Rosado, Umarizal, Felipe Guerra, Rodolfo Fernandes, Caraúbas, Itaú, Severiano Melo, além dos municípios fronteiriços do Estado do Ceará.

Apodi está inserida na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, além de situar-se nas terras férteis do vale onde se localiza a Barragem de Santa Cruz, com capacidade irrigável para 20 mil hectares de terra.

Do ponto de vista econômico, Apodi concentra arranjos produtivos focados nos setores de serviços, indústria, petróleo e gás, psicultura, agricultura e pecuária, com destaque para a caprinocultura e apicultura de negócios, além de possuir vocação natural para o turismo ecológico, uma vez que o município abriga o segundo mais importante sítio arqueológico do Brasil e do exterior, o Lajedo de Soledade.

"Quero que os filhos dos apodienses tenham a oportunidade que no passado muitos não tiveram. Quero que as mães e os pais dos nossos jovens tenham orgulho de ser apodienses e de ter um filho na faculdade", finalizou a prefeita.
O Mossoroense

sábado, 12 de junho de 2010

Ração Humana é a mais nova moda para quem faz regime

A Ração Humana é uma novidade que tem se popularizado entre os adeptos de uma alimentação mais saudável e rica em nutrientes. A mistura combina pelo menos 10 ingredientes, entre eles grãos, farelos e outras substâncias naturais. O alimento promete uma série de benefícios para o corpo, desde o emagrecimento até mesmo o controle de doenças, como colesterol e diabetes.

Mas a nutricionista Priscila Bertevello explica que há controvérsias entre o uso dessa mistura. "Ela faz bem para algumas pessoas, pois ajuda a melhorar o trânsito intestinal por ser rica em fibras. Geralmente, as pessoas não têm o hábito de consumir alimentos com fibras, como verduras, legumes e fruta", explica a médica. Muitas pessoas, segundo ela, se iludem com o efeito emagrecedor do composto.

"Como o intestino começa a funcionar melhor, até mais de uma vez por dia as pessoas começam a perder líquidos e, consequentemente, peso. Mas isso não significa que estão perdendo gorduras. Ela só tem essa função quando as pessoas estão dispostas a fazer uma reeducação alimentar e não é isso que acontece na maioria das vezes", revela a nutricionista.

Entre os principais ingredientes da mistura estão a soja, aveia, linhaça, gérmen de trigo, gergelim, levedo de cerveja, entre outros. Todos são moídos e misturados, formando uma farinha carregada de valor nutricional. Alguns desses grãos têm efeitos benéficos já conhecidos. Um bom exemplo é a linhaça, rica em ácidos graxos Ômega 3, sais minerais e vitaminas. Ela auxilia na regularização do intestino, tem ação anti-inflamatória e aumenta a atividade do sistema imunológico.

A aveia contém uma espécie de goma que envolve as moléculas gordurosas, dificultando a absorção delas pelo organismo, além de auxiliar no combate ao colesterol. Já o gergelim é muito rico em cálcio e fósforo, possui proteínas, lecitina, vitaminas A, E, B1, B2, niacina e minerais. Segundo a farmacêutica Luciana Barbosa, o produto deve ser armazenado em um frasco escuro e conservado em geladeira após aberto.

"O ideal é consumir duas colheres de sopa por dia. Se a pessoa tem o propósito de emagrecer, ela pode ser consumida no café da manhã com iogurte, sucos ou no jantar. Para quem quer apenas os benefícios da Ração pode consumir a mesma quantidade em qualquer uma das refeições", diz Luciana. A Ração possui também duas versões, a integral e a light. "A integral contém açúcar mascavo, guaraná e cafeina e não deve ser consumida por diabético e hipertensos. A outra versão pode ser ingerida por todos", explica Luciana.



O Mossoroense

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Banco suiço vê Dilma com melhores chances do que Serra

“Relatório feito pelo banco suíço UBS afirma ser “significativa” a probabilidade de a pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, ganhar a eleição no primeiro turno. De acordo com o texto, a petista está numa posição mais forte para ser eleita presidente. O documento, no entanto, relata ser mais provável que a disputa chegue ao segundo turno.

O relatório diz que a probabilidade de vitória de Dilma é maior em razão do desejo do eleitor de manter as coisas como estão e o fato de ela ser associada como a candidata da continuidade. O texto também afirma que o principal risco associado à petista é no lado fiscal. Em relação ao tucano José Serra, afirma que o principal risco é o “aparente” desejo de mudanças na política econômica.”

(Agência Estado)

Na TV, Ciro Gomes chama PMDB de ajuntamento de assaltantes

OS TRÊS PAPÉIS DO VERDADEIRO LÍDER


Há uma espécie de tripé de competências que sustenta os líderes campeões. Neste artigo Shinyashiki fala como desenvolver cada uma das bases do tripé para se tornar um líder completo.

Em geral quando se fala em líder, a tendência é imaginá-lo como aquele personagem carismático que tem idéias brilhantes e arrasta multidões. Mas não é só isso.

Há uma espécie de tripé de competências que sustenta os líderes campeões. E é preciso desenvolver cada uma dessas bases para ser um líder completo. Vamos ver cada uma delas:

O líder tem de ser um inspirador. Aquela pessoa que, com seus sonhos, com sua força, consegue contagiar todos aqueles que estão por perto a fazer as transformações necessárias.

O líder tem de ser um administrador. Ter uma meta, um sonho com hora marcada para se realizar. Mas não apenas a meta. Tem de ter também um plano para chegar ao seu objetivo e a capacidade de administrar matematicamente esse percurso.

O líder tem de saber ser chefe. Saber usar o poder do cargo, da posição, também é importante, em especial nos momentos de crise, nas ocasiões nas quais existem as pressões do tempo.

Imaginemos, por exemplo, um princípio de um incêndio dentro de um cinema. Naquele momento, não há tempo para diálogo, para se reunir e encontrar em grupo a decisão a tomar. Nessa situação, você precisa de uma pessoa com firmeza e coragem.

Alguém que não só tenha voz ativa para acalmar as outras pessoas, como também tenha equilíbrio para apontar a saída, direcionar os que estão em desespero, mesmo que isso signifique ficar numa posição de perigo. Ou seja, o chefe tem de entrar em cena.

Na empresa, o líder é aquele que, num momento de crise, quando os negócios estão à beira da falência, tem a coragem de apontar os caminhos, e a força para fazer com que os outros o sigam, apesar do risco, apesar do incêndio.

Nós dizemos em medicina que, se o médico não tem opção, o paciente também não tem opção. Para um médico, que se vê sem saber o que fazer, o que está faltando é a força de comando, característica típica dos chefes.

Um médico quando se depara com uma mulher grávida, cujo bebê está passando por uma situação de sofrimento fetal, não tem tempo de ficar refletindo muito sobre a decisão a ser tomada. O tempo espreme a possibilidade de amadurecer a decisão. Então ele tem de ser centrado para ordenar, aos outros ou a si mesmo: vamos fazer uma cesárea agora, porque, do contrário, a criança poderá morrer. A mãe, depois, poderá até ficar triste porque o sonho dela era ter o parto natural. Mas o sofrimento fetal exige essa tomada de decisão rápida.

Às vezes, a empresa tem um plano de crescimento, de vendas, porém, ocorre uma mudança inesperada de circunstância. Alguém tem de ter presença de espírito para enxergar com clareza o momento de decisão e colocar o barco na nova rota a ser tomada para que ele não naufrague.

O que eu observo é que cada pessoa tem uma tendência para exercer cada um desses papéis de liderança. Há aqueles que são excelentes inspiradores, só que não sabem administrar bem. São incapazes de estabelecer e cumprir os métodos que realizem os objetivos que criaram.

Outras pessoas são grandes inspiradoras, mas, na hora em que é necessário uma tomada de decisão rápida, falham porque não sabem liderar com os instrumentos que têm de ter o chefe, o comandante.

É por isso, que vemos tantos bons gerentes sofrendo. Porque eles são ótimos administradores. Recebem-se uma meta, algumas instruções e as diretrizes de como operar, se saem extraordinariamente bem. Mas esse mesmo gerente que é um bom administrador, às vezes não consegue inspirar sua equipe, ou não é capaz de tomar uma decisão rápida e acertada num momento de crise.

A experiência tem nos mostrado que é comum acontecer o contrário também. Acompanhamos novos empresários que começam com aquele gás, com aquela força, porque têm muita inspiração. Mas, passado um ano ou dois, percebem que precisam de sistemas, processos, métodos. São novos empreendedores que têm de aprender a ser também administradores. Portanto, é importante que as pessoas desenvolvam esses três aspectos do seu perfil.

Infelizmente, como o Brasil foi dominado pela ditadura durante mais de vinte anos, a maior parte dos profissionais que estão no mercado hoje foram criados para serem os chefes.

É preciso observar que sempre que ocorre uma crise, é porque houve uma falha no sistema de gestão. O que aconteceu é que essa pessoa, que está acostumada a liderar a equipe no grito, não teve a capacidade de dialogar, que o inspirador tem, e não teve a capacidade de estruturar, que o administrador tem.

Então, o verdadeiro líder é aquele que tem a capacidade não só de usar sua competência, sua força principal, seja ela da administração, do comando ou da inspiração, como também sabe lançar mão de qualquer uma das três no momento necessário.


Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de vários títulos, entre eles: A Coragem de Confiar, Sempre em Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial

O homem mais bem pago do futebol.


Fábio Capello.


1 – O site Futebolfinance, publucou a lista dos técnicos mais bem pagos do planeta. O salário de cada um dos técnicos da Copa está listado. Fábio Capello, da Inglaterra, lidera o ranking em euros. Veja baixo:

Confira o Ranking e o salário anual de cada técnico (em euros):

1 – Fabio Capello – Inglaterra – 8.800.000 €
2 – Marcelo Lippi – Itália – 3.000.000 €
3 – Joachim Low – Alemanha – 2.500.000 €
4 – Berter Van Marwijk – Holanda – 1.800.000 €
5 – Ottmar Hitzfeld – Suiça – 1.750.000 €
6 – Vicente Del Bosque – Espanha – 1.500.000 €
7 – Carlos Queiroz – Portugal – 1.350.000 €
8 – Pim Verbeek – Austrália – 1.200.000 €
9 – Carlos Alberto Parreira – África do Sul – 1.200.000 €
10 – Javier Aguirre – México – 1.200.000 €
11 – Dunga – Brasil – 800.000 €
12 – Maradona – Argentina – 800.000 €
13 – Takeshi Okada – Japão – 800.000 €
14 – Ricki Herbert – Nova Zelândia – 800.000 €
15 – Otto Rehhagel – Grécia – 750.000 €
16 – Paul Le Guen – Camarões – 650.000 €
17 – Marcelo Bielsa – Chile – 575.000 €
18 – Raymond Domenech – França – 560.000 €
19 – Vahdi Halilhodzic – Costa do Marfim – 505.000 €
20 – Hun Jung Moo – Coréia do Sul – 405.000 €
21 – Morten Olsen – Dinamarca – 390.000 €
22 – Milovan Rajevac – Gana – 365.000 €
23 – Radomir Antic – Sérvia – 305.000 €
24 – Bob Bradley – Estados Unidos – 275.000 €
25 – Majtaz Kek – Eslovênia – 245.000 €
26 – Gerardo Martino – Paraguai – 245.000 €
27 – Rabah Saadane – Argélia – 245.000 €
28 – Reinaldo Rueda – Honduras – 240.000 €
29 – Vladimir Weiss – Eslováquia – 215.000 €
30 – Oscar Tabarez – Uruguai – 205.000 €
31 – Kim Jong Hun – Coréia do Norte – 170.000 €
32 – Shaibu Amodu – Nigéria – 125.000 €



Do Blog de Ricardo Silva

FRASE DO DIA

" Uma pessoa 99% honesta, é 100% desonesta porque não existe honestidade parcial".


Ulysses Guimarães, um dos mais sérios e éticos políticos do Brasil.

terça-feira, 1 de junho de 2010

[APODI] Servidores seguem parados por melhores condições de trabalho

Os servidores públicos municipais de Apodi deverão se reunir amanhã com representantes da administração local para definir o rumo da paralisação iniciada no dia 27. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Apodi (Sintrapma), João Bosco Gomes, a decisão pela paralisação de advertência foi tomada pela maioria dos servidores em assembleia realizada no dia 27. "Definimos nossa pauta de reivindicações destacando cinco pontos que a prefeita Goreti Pinto ficou de atender desde o início do ano, mas até agora nada foi realizado no sentido de que as pautas fossem cumpridas. Diante dessa situação, optamos pela paralisação de advertência", acrescentou o sindicalista.

Entre os pontos estão o pagamento do piso nacional aos professores. Iniciantes com carga horária de 40 horas ganham R$ 709,00, quando deveria ser, por lei, R$ 1.312,85. É preciso reconhecer que os servidores da Saúde já têm Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) aprovado e implantado, mas não respeitado pelo Executivo. Outro ponto na pauta seria o de aumentar o salário dos servidores em 9,7%, que já deveria ter ocorrido desde janeiro passado. "Em Apodi, nem mesmo o aumento dos servidores conforme determinou o Governo Federal foi respeitado pela atual gestão. Diante disso, estamos cobrando também o retroativo", destaca João Bosco.

A realização de eleições diretas para diretor de escolas municipais com mais de cem alunos, como determina o Ministério da Educação, aparece como mais uma reivindicação dos servidores. De acordo com João Bosco, em alguns setores do serviço público, mais de 50% dos servidores estão participando da greve de advertência.

O movimento já despertou a atenção do Poder Executivo. A Secretaria de Administração de Finanças enviou ofício ao presidente João Bosco agendando uma reunião para tratar do movimento. O encontro está previsto para amanhã na sede do Executivo "O resultado dessa reunião será apresentado numa assembleia que será realizada na próxima sexta, quando decidiremos se vamos ou não continuar com a greve", afirma João Bosco.

Apesar da disposição dos sindicalistas, o chefe de gabinete, Klinger Pinto, disse que a prefeitura não reúne condições financeiras para atender todas as reivindicações.
Correio da Tarde

ONU diz que polícia no Brasil continua matando em níveis alarmantes

O Relatório sobre Execuções Sumárias da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser divulgado hoje (1º), mostra taxas “alarmantes” de violência policial no Brasil e a ação de grupos de extermínio no país. De acordo com o documento, o Brasil não cumpriu integralmente nenhuma das 33 recomendações feitas pelas Nações Unidas, depois que o relator especial da ONU sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, visitou o país em 2007.

“Quase nenhuma medida foi tomada para resolver o grave problema dos assassinatos de policiais em serviço, ou para reduzir os elevados índices de assassinatos justificados como “autos de resistência”. A maioria das mortes nunca é investigada de forma significativa. Pouca coisa foi feita para reduzir a prisão e a violência”.

O relatório contabiliza que das 33 recomendações feitas no relatório de 2008, nenhuma foi integralmente assimilada, 22 foram descumpridas e 11 foram classificadas apenas como “parcialmente cumpridas”. O documento denuncia que o governo brasileiro tem falhado em tomar medidas necessárias para diminuir as mortes causadas pela polícia.

Trata-se de um “relatório de seguimento”, ou seja, analisa se o Brasil cumpriu ou não as orientações o órgão internacional. O documento tem 22 páginas e afirma que “execuções extrajudiciais continuam em grande escala” no Brasil.

Além da violência policial e dos chamados ‘autos de resistência’, o relatório também trata das mortes ocorridas dentro de unidades prisionais, a atuação de milícias e de grupos de extermínio formados por agentes públicos. O relatório também aponta falhas e vícios presentes no aparato de investigação e no processamento judicial. Essas falhas, de acordo com a ONU, propiciam a não responsabilização de crimes cometidos por representantes do Estado.

O documento cita avanços pontuais como a investigação sobre as milícias, no Rio de Janeiro, ou a ação de polícia pacificadora, implementada em favelas da zona sul carioca.

“No Rio de Janeiro o grande inquérito sobre milícias produziu uma relatório detalhado e abrangente, bem como uma série de prisões e processos. Num pequeno número de favelas no Rio de Janeiro, operações violentas da polícia e contra-produtivas têm sido substituídas pela presença da polícia e pela introdução de alguns serviços básicos”, destaca o documento.

Além disso a ONU reconhece avanços nas ações de combate ao Esquadrão da Morte, em Pernambuco. O documento também cita a atuação do Ministério Público de São Paulo como provedor de Justiça de São Paulo na responsabilização de policiais que cometem crimes.

“São passos importantes para promover a responsabilidade para a polícia”, aponta o relatório.

Fonte: Agência Brasil

Educação concentra maior corte no Orçamento 2010

Os ministérios da Educação, do Planejamento e dos Transportes foram as pastas mais afetadas pelo contingenciamento adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento, anunciado na semana passada. Segundo decreto publicado ontem, no Diário Oficial da União, esses ministérios responderam por R$ 3,42 bilhões do corte adicional, mas outras pastas ganharam recursos porque houve reestimativa de despesas.


O maior corte ocorreu no Ministério da Educação, que perdeu mais R$ 1,278 bilhão em receitas. Com o novo bloqueio, a pasta agora está com R$ 2,395 bilhões retidos. Em segundo lugar, vem o Ministério do Planejamento, com mais R$ 1,236 bilhão bloqueados e R$ 2,992 bilhões contingenciados no acumulado do ano.

Em relação ao Ministério dos Transportes, o corte adicional somou R$ 906,4 milhões, o que ampliou o total de verbas retidas para R$ 2,286 bilhões. Em quarto lugar, está o Ministério da Fazenda. Com mais R$ 757,7 milhões bloqueados, a pasta agora tem retidos R$ 1,278 bilhão no acumulado do ano.

Apesar dos cortes, dez ministérios tiveram verbas liberadas. Segundo o Ministério do Planejamento, isso ocorreu porque, do contingenciamento adicional de R$ 10 bilhões, somente R$ 7,613 bilhões vêm de cortes efetivos no Orçamento. Os R$ 2,387 bilhões restantes vêm da reestimativa de despesas. O governo revisou para baixo a previsão de gastos nesses ministérios, o que abriu mais espaço fiscal para despesas.

Em valores absolutos, os ministérios que mais ganharam foram o do Turismo (R$ 567 milhões), da Defesa (R$ 532 milhões) e da Agricultura (R$ 233 milhões). Em termos percentuais, as pastas mais beneficiadas foram Turismo, cujo orçamento foi ampliado em 91%, Esporte (com acréscimo de 58,7%) e Agricultura (17%). Esses ministérios haviam sido os mais afetados pelo primeiro corte, anunciado no fim de março.

Apesar da liberação de recursos, os ministérios do Turismo e do Esporte continuam sendo os mais afetados pelo contingenciamento no acumulado do ano. O Turismo, que tinha 85% do orçamento bloqueado, passou a ter 71% dos recursos retidos. Em relação ao Ministério do Esporte, o contingenciamento caiu de 80,5% para 68%. A pasta proporcionalmente mais atingida foi o Ministério da Pesca, cujo volume bloqueado subiu de 76% para 77%.

Em valores nominais, o ministério mais afetado pelos cortes, no acumulado do ano, é o da Defesa, com R$ 5,37 bilhões retidos. Em seguida, vêm os ministérios do Turismo, com R$ 2,992 bilhões bloqueados, e o das Cidades, com R$ 2,927 bilhões.
Fonte- Tribuna do Norte

Blog do Prof. Ozamir Lima - Designer: Segundo Freitas